16.12.05

Poeirinha

A cada segundo desfeito.
A cada lembrança guardada.
A cada soprinho de saudade.
A cada momento de felicidade.

Tudo que passa passou.
Tudo que guarda guardou.
O que sobrou sumiu.
Se tinha tristeza chorou.

A cada canção ouvida.
A cada retrato de vida.
A cada coisinha perdida.
A cada dura despedida.

Tudo que sonha sonhado.
Tudo que pede pedido.
O que ficou no ouvido.
Se tinha de entrar entrou.

Os pássaros cantam.
Os anjos conspiram.
O tempo não pára.
A vida segue.
O amor persiste.
(E a saudade também.)

Um comentário:

O empírico disse...

Nossa, adorei mesmo a forma do seu texto! Lindo! Um dos mais bonitos dos seus que já li!